terça-feira, 29 de setembro de 2015

INSTRUMENTAÇÃO MECANIZADA EM ENDODONTIA

A Endodontia tem vivido nos últimos anos avanços tecnológicos não observados em toda história da especialidade. Estas tecnologias já estão incorporadas, em sua maioria, às atividades diárias dos endodontista por apresentarem eficácia comprovada e por serem aplicáveis devido a evolução e simplificação dos novos aparelhos (motores, localizadores eletrônicos foraminais, ultrassom, microscópios). Além disso, os profissionais poderão esperar prognóstico mais favorável, maior porcentagem de sucesso clínico e radiográfico, maior conforto e satisfação para o paciente e o profissional (Leonardo, M. R. 2009).


·         Motor para instrumentação endodôntica

Até o início da década de 1990 o preparo mecânico dos canais radiculares estava vinculado a instrumentação manual com  limas de aço inoxidável que apresentam limitações físicas frente a complexidade da anatomia interna especialmente no preparo de canais curvos e/ou atresiados. A maioria dos canais radiculares apresenta curvaturas em múltiplas posições e planos, enquanto estes instrumentos são confeccionados a partir de peças retas de pouca flexibilidade. Isto resulta em uma distribuição irregular de forças em determinadas áreas de contato, tendendo o instrumento a se retificar e, consequentemente, promover desgaste assimétrico nas paredes internas do canal. Portanto, a instrumentação torna-se crítica, com possível ocorrência de acidentes operatórios como transporte, zip, fratura, degrau, perfuração, dentre outros, comprometendo o prognóstico do tratamento (Peters et al. 2003).

A utilização da liga de Níquel-titânio (NiTi) possibilitou o desenvolvimento de instrumentos endodônticos com profundas alterações de desenho, fabricação e o movimento rotatório completo ou reciprocante acionado por um motor específico. Essas limas possuem a propriedade de memória de forma e superelasticidade (Walia et al. 1988), sendo que essa alta flexibilidade permite acompanhar melhor as curvaturas dos canais radiculares e proporcionar maior eficiência, rapidez e segurança nos tratamentos endodônticos (Peters et al. 2004).

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