A Endodontia tem vivido nos últimos anos
avanços tecnológicos não observados em toda história da especialidade. Estas
tecnologias já estão incorporadas, em sua maioria, às atividades diárias dos
endodontista por apresentarem eficácia comprovada e por serem aplicáveis devido
a evolução e simplificação dos novos aparelhos (motores, localizadores eletrônicos
foraminais, ultrassom, microscópios). Além disso, os profissionais poderão esperar prognóstico mais favorável, maior
porcentagem de sucesso clínico e radiográfico, maior conforto e satisfação para
o paciente e o profissional (Leonardo, M. R. 2009).
·
Motor para instrumentação endodôntica
Até o início da década de 1990 o preparo mecânico dos canais radiculares
estava vinculado a instrumentação manual com
limas de aço inoxidável que apresentam limitações físicas frente a
complexidade da anatomia interna especialmente no preparo de canais curvos e/ou
atresiados. A maioria dos canais radiculares apresenta curvaturas em múltiplas
posições e planos, enquanto estes instrumentos são confeccionados a partir de
peças retas de pouca flexibilidade. Isto resulta em uma distribuição irregular
de forças em determinadas áreas de contato, tendendo o instrumento a se
retificar e, consequentemente, promover desgaste assimétrico nas paredes internas
do canal. Portanto, a instrumentação torna-se crítica, com possível ocorrência
de acidentes operatórios como transporte, zip,
fratura, degrau, perfuração, dentre outros, comprometendo o prognóstico do
tratamento (Peters et al. 2003).
A utilização da liga de Níquel-titânio (NiTi) possibilitou o
desenvolvimento de instrumentos endodônticos com profundas alterações de
desenho, fabricação e o movimento rotatório completo ou reciprocante acionado
por um motor específico. Essas limas possuem a propriedade de memória de forma
e superelasticidade (Walia et al. 1988), sendo que essa alta flexibilidade
permite acompanhar melhor as curvaturas dos canais radiculares e proporcionar
maior eficiência, rapidez e segurança nos tratamentos endodônticos (Peters et
al. 2004).
Nenhum comentário:
Postar um comentário