sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CARNAVAL

Você está tomando algum tipo de medicamento? Pense bem antes de ingerir bebida alcoólica



Nesta imensa festa popular, o consumo de bebida alcólica aumenta em todas as classes sociais, em todas as regiões do país. A associação com alguns medicamentos trazem efeitos indesejáveis e perigosos para nossa saúde. Vejam alguns exemplos:




A dúvida em misturar remédios com bebidas alcoólicas é recorrente. Em fóruns na Internet relacionados à saúde, por exemplo, o tema está presente em muitos relatos. A associação é realmente arriscada e pode sim trazer prejuízos tanto para a saúde quanto para o tratamento. Isso acontece porque quase todos os fármacos alteram o funcionamento do fígado, órgão que, entre outras coisas, possui importante ação antitóxica contra determinadas substâncias como bebidas alcoólicas, cafeína e gorduras.

O Sem Excesso entrevistou o farmacêutico José Luiz da Costa, da Polícia Científica do Governo do Estado de São Paulo. Ele explicou o que pode acontecer quando da ingestão de bebidas alcoólicas com os remédios mais consumidos pela população: antibióticos, analgésicos e psicotrópicos.

Qual o risco de associação com antibióticos?
O álcool pode inibir ou potencializar sua ação, principalmente nos mais potentes, usados em infecções resistentes. Isso ocorre porque esses antibióticos têm ação nefrotóxica, ou seja, atuam no rim, e hepatotóxica, no fígado, assim como o álcool. Por conta disso, quando o tratamento é voltado principalmente para uma enfermidade mais severa, o médico recomenda que nenhuma gota deva ser ingerida. Entretanto, o efeito não é cortado, como muitos acreditam.

Analgésicos são muito consumidos em todo o mundo. O que pode ocorrer se uma pessoa tomar um medicamento para aquela dorzinha de cabeça e, em seguida, consumir bebida alcoólica na balada?
Se ingerir na dose certa e se o uso for isolado, ou seja, ocasional, o risco de interação é pequeno. A situação muda quando estamos falando de alguém que já tenha algum comprometimento hepático ou que seja um etilista crônico. Nesse caso, o problema no fígado pode sim ser agravado.

O uso de psicotrópicos, como antidepressivos e ansiolíticos, por exemplo, tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Quem faz este tipo de tratamento, que geralmente tem duração de longo prazo, pode ingerir bebida alcoólica?
Os psicotrópicos atuam no sistema nervoso central e o consumo concomitante de álcool causa dois problemas: além de comprometer a eliminação do fármaco, também interfere na sua eficiência. Assim como o álcool, um ansiolítico, por exemplo, reduz a atividade em determinadas regiões do cérebro. Isso quer dizer que a associação entre eles pode potencializar ou trazer algum efeito aditivo.

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